AUMENTO DO BUMBUM SEM CIRURGIA

Ultimamente tem se falado em aumento

de seio e de bumbum sem cirurgia.

Será verdade? Será seguro?

Em entrevista a Lillian Witte Fibe, o cirurgião plástico Charles Yamaguchi, um dos mais renomados do país, confirmou que há dois métodos alternativos para aumentar glúteos sem o bisturi: o fio elástico (fio búlgaro) e o chamado PMMA, o polimetilmetacrilato. Na mama, ainda não há como escapar da cirurgia, com segurança: injeções de PMMA são condenáveis porque, se acabar endurecendo com o tempo, o produto pode ser confundido com nódulos de câncer.

O uso do PMMA no bumbum não foi desaconselhado pelo médico, mas ele mesmo não pratica, por considerar a técnica ainda muito nova. "Prefiro esperar mais um tempo para ver quais são as reais conseqüências da aplicação", disse. "Esse produto já é conhecido há mais de 25 anos, é regularizado pelo FDA (órgão americano que regulamenta medicamentos e alimentos) e inicialmente era usado para moldar o crânio ou o tórax. Mas ainda não vi nenhuma licença para o uso dele nas nádegas.

"Yamaguchi contou que usa o PMMA apenas para preenchimentos menores na face, como para corrigir o famoso "bigode chinês". A injeção permite que a pessoa volte a ter atividades normais no dia seguinte.

Fio elástico

O médico também explicou como funciona o fio elástico. Trata-se de fios de seda trançados, que têm uma certa elasticidade, e são inseridos na nádega com a ajuda de uma agulha. "Com o fio a gente faz uma espécie de bolsa naquela gordurinha em volta da nádega e dá um nó, concentrando-a num só ponto, elevando a nádega", explicou o médico. No procedimento é usada anestesia local com sedação e a pessoa também pode retomar as atividades normais um dia depois, segundo o especialista.

Para aumentar ainda mais as medidas, a aplicação do fio elástico pode ser associada à injeção de gordura do próprio corpo (parte da lipoescultura, que é uma cirurgia) ou de PMMA.

O procedimento é feito em consultório e o paciente toma anestesia local.Cirurgia pode durar entre 15 e 20 minutos.

O nascimento da técnica, aliás, tem uma história curiosa. Serdey desenvolveu a idéia na época da Bulgária comunista para burlar o governo, que proibia a cirurgia plástica. Com a pequena incisão e a ausência de pontos, o paciente passava despercebido.

Medicina estética existe?

O novo termo "medicina estética" ainda causa confusão. "Já existem cursos de pós-graduação nessa área, alguns até vinculados ao Ministério da Educação. Mas o Conselho Regional de Medicina ainda não reconhece a medicina estética. Portanto, nenhum médico se pode dizer especialista nisso", explicou Yamaguchi.

Ele destacou que há cada vez mais técnicas que dispensam a cirurgia para fazer mudanças no corpo. Mas fugir do bisturi pode ter efeitos negativos em alguns casos. "Algumas vezes a pessoa deveria fazer uma cirurgia, mas acaba passando por outro procedimento que não dá resultado satisfatório. Por isso é importante procurar profissionais que tenham formação", alertou.

Para escolher especialistas, Yamaguchi recomenda consultar a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e a Sociedade Brasileira de Dermatologia. "São as duas entidades que reconhecidamente atuam na área da estética."

NÃO ESQUEÇA: CONSULTE SEMPRE SEU MÉDICO!!