Doença de Alzheimer
ou simplesmente Alzheimer
é a forma mais comum de demência.
Esta doença degenerativa, e até o momento incurável e terminal foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer,de quem herdou o nome.
Afeta geralmente pessoas acima dos 65 anos, embora o seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas do que esta idade.
Minha mãezinha com 94 anos (apática)
Sintomas:
Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento ou com o stress. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar alzheimer por inteiro. O sintoma primário mais notável é a perda de memória a curto prazo (dificuldade em lembrar fatos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a perder a sua memória semântica, nesta fase pode ser notada apatia, este é o sintoma mais comum.
Prevenção:
Todos os estudos de medidas para prevenir ou atrasar os efeitos do alzheimer são frequentemente infrutíferos. Hoje em dia, não parecem existir provas para acreditar que qualquer medida de prevenção é definitivamente bem sucedida contra o alzheimer.
No entanto, estudos indicam relações entre fatores alteráveis como dietas, risco cardiovascular, uso de produtos farmacêuticos ou atividades intelectuais e a probabilidade de desenvolvimento de alzheimer da população. Mas só mais pesquisa, incluído testes clínicos, revelarão se, de fato, estes fatores podem ajudar a prevenir o alzheimer.
A inclusão de fruta e vegetais, pão, trigo e outros cereais, azeite, peixe, e vinho tinto, podem reduzir o risco de alzheimer. Algumas vitaminas como a B12, B3, C ou a B9 foram relacionadas em estudos ao menor risco de alzheimer mas outros estudos indicam que estas não têm nenhum efeito significativo no início ou desenvolvimento da doença e podem ter efeitos secundários. Algumas especiarias como a curcumina e o açafrão mostraram sucesso na prevenção da degeneração cerebral em ratos de laboratório.
O risco cardiovascular, como colesterol alto, hipertensão, diabetes e o tabaco são associados com um risco maior no desenvolvimento da doença, estatinas (fármacos para fazer descer o colesterol) não tiveram sucesso em prevenir ou melhorar as condições do paciente durante o desenvolvimento da doença. No entanto, o uso a longo prazo de anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), está também associado à menor probabilidade de desenvolvimento de alzheimer em alguns indivíduos.
Já não se acredita que outros tratamentos farmacêuticos como substituição de hormonas femininas previnam a a doença. Em 2007, um estudo aprofundado concluiu que havia provas inconsistentes e pouco convincentes que ginkgo tem algum efeito positivo em reduzir a probabilidade de alzheimer.
Atividade intelectuais como ler, jogar jogos de tabuleiro (xadrez, damas, etc.), completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, ou socialização regular também pode atrasar o início ou a gravidade do alzheimer. Outros estudos mostraram que muita exposição a campos magnéticos aumentam o risco de alzheimer, trabalho com metais, especialmente alumínio. A credibilidade de alguns destes estudos tem sido posta em causa até porque outros estudos não encontraram a mínima relação entre as questões ambientais e o desenvolvimento de alzheimer.
Tratamento:
O diagnóstico precoce é decisivo para o tratamento, ele visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada.O tratamento disponível atualmente nos permite basear a estratégia terapêutica em três pilares: melhorar a cognição, retardar a evolução e tratar os sintomas e as alterações de comportamento. Todas as drogas aprovadas para uso, com exceção da memantina, são indicadas para pacientes que estão nas fases mais iniciais da doença quando o paciente ainda tem preservados algum grau de cognição e/ou de independência funcional, daí a importância do diagnóstico precoce.
A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados.
Drogas em teste:
Novas drogas estão saindo dos laboratórios de ciência básica e sendo investigadas em vários ensaios com seres humanos. Uma das linhas de pesquisa mais promissora e interessante baseia-se na “Hipótese Amilóide”. A hipótese é que a doença de Alzheimer inicia-se com a acumulação das placas amilóides (neuríticas) e assim sendo, se for possível impedir a formação dessas lesões, a instalação e a evolução da doença seria passível de ser retardada e até evitada.
Cientistas isolaram enzimas chamadas de “secretases” que seriam fundamentais na gênese da proteína beta-amilóde. Secretases são formas de proteases, o mesmo tipo de enzima que são inibidas para o tratamento da AIDS, os inibidores de protease. Drogas chamadas de, inibidores de secretase, estão sendo desenvolvidas com o objetivo de bloquear a formação beta-amilóide, e algumas delas já se encontram em fase de pesquisa clínica.
Uma outra forma de combater a formação das placas seria estimular o sistema imunológico para destruir a formação beta-amilóide. Cientistas desenvolveram uma vacina que colocam amilóide na corrente sanguínea esperando que haja formação de anticorpos para destruírem as placas neuríticas em formação. A vacina funcionou bem em ratos, especialmente nos que receberam genes humanos para que houvesse formação das placas. Mas quando a vacina foi testada em humanos, algumas pessoas apresentaram encefalite. A vacinação foi interrompida mas os já vacinados estão sendo acompanhados. Embora esse fato tenha sido frustrante, acredita-se que essa é uma grande avenida a ser percorrida para lentificar o curso ou até mesmo prevenir a doença de Alzheimer.
Nós ainda estamos procurando a seqüência de eventos onde nós poderíamos interferir e curar a doença sem causar danos”, diz Marcelle Morrison-Bogorad,PhD., diretor do NIA´s “Neuroscience and Neuropsychology og Aging Program”.
O Dr Morrison-Bogorad conclui “os cientistas poderão um dia serem capazes de injetar uma substância na corrente sanguínea para extrair o amilóide através do líquido cefalorraquidiano. Isso pode acontecer com ratos – mas nós não sabemos se será possível em humanos”.
Beber cinco xícaras de café ao dia pode reverter o sintomas do mal de Alzheimer, sugere uma pesquisa realizada nos Estados Unidos. O estudo, feito em ratos, revelou ainda que a cafeína também pode inibir a produção da proteína beta-amiloide, considerada a causadora da doença. Os pesquisadores usaram 55 camundongos criados para desenvolver o Alzheimer, com idade entre 18 e 19 meses, cerca de 70 anos da idade humana, e os separaram em dois grupos. Um grupo recebia 500 miligramas de cafeína misturada na água todos os dias e o outro recebia água pura.
Quando os cientistas fizeram testes comportamentais com os animais para ver como eles reagiriam, o grupo que ingeriu cafeína se saiu muito melhor nos testes de memória, habilidade e pensamento, suas performances foi equivalente a de camundongos sadios. Já aqueles que beberam água pura não evoluíram no teste. O diagnóstico mostrou ainda que nos cérebros dos ratos que tomaram cafeína, a produção de beta-amiloide caiu em cerca de 50%. Os cientistas também criaram outros camundongos para desenvolver o Alzheimer, mas eles tomaram cafeína na idade adulta e não foram afetados com problemas na memória. O pesquisador Gary Arendash, que liderou o último estudo comemorou o resultado. “Isso mostra que a cafeína pode ser viável para o tratamento de Alzheimer e não simplesmente uma estratégia protetora”, disse.
Apesar dos ótimos resultados da pesquisa, os cientistas afirmam que ainda é cedo demais para concluir que a cafeína de fato colabora para a reversão do Alzheimer e que o próximo passo é repetir o teste em humanos.
Atualmente, os asilos públicos tratam de portadores do Mal de Alzheimer, porém quando o paciente chega a determinada fase que exige cuidado intensivo não há recursos para a continuidade. Por isso o Mal de Alzheimer é um problema de saúde pública com custos sociais a serem levados em conta.
NÃO ESQUEÇA: CONSULTE SEMPRE SEU MÉDICO!!
Gostaria de saber onde me dirigi para fazer o exame para saber se tenho ou terei Alzaime.
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